Que limpeza! Tuôsix on da vlock

Post-Edit :

Ora viva meus amigos,

Em primeiro lugar peço desculpa pois criei este post assim, um pouco insabido, só imagem, mas existe uma justificação. Fiz o post da aldeia, em plena pascoa e:

1-Via telemovel, não é nada facil editar mensagens;

2-O Verde não ajuda muito também.

Pronto, já sei o que vão dizer. Ah e tal que gente fina é outra coisa mas quando é para enbiar mensagens do telemovel práqui pró blog, não faz nada de jeito. Ou ainda Verde Tinto ou Vranco ?

Se por um lado têm razão por outro não, o Verde que falo não é liquido, ou por outro, até pode ser, dependendo do ponto de vista. Este verde é a invenção de algum esgomitado que, sem nada para fazer, pos-se a juntar muidos de cabrito (tripas, orgão, enfim, entranhas) com pão e outras coisas que nem sei e nem quero, que produz um prato tipico para aquelas bandas muito apreciado por sinal ! Vocês olham para aquilo e mediatamente vos assalta uma série de questões na cabeça : "O que é aquilo ? Quem vomitou aqui ? É para comer ? Se eu comer aquilo e se vomitar, já não tem piada, o vómito sai igual ..."

Enfim, as coisas que um gaijo passa...

Em segundo lugar tenho a dizer que aprendi varias coisas este sábado que passo a enumerar :

Para vos enquadrar só digo que saí da casa da aldeia (Sanche-A Boa Dela) e fui qual peregrino, sozinho, monte acima até à pousada do Marão via Covelo-Lameira.

E perguntam vocês, e muito bem, e o que é que o gaijo aprendeu ?

Pois bem, chegado eu a covelo do monte, não ví as eslovacas. Como estava a chuver, coloquei a Canyon mesmo à feição para ser limpa pelas gotas que caiam das telhas enquanto me degladiava ainda com restos da Maria da Fonte (falo obviamente da tão afamada M150). Ele era M150 para dar power, era chiculate, era vanana, etc. No entanto a Canyon ia ficando limpinha. Esta tudo perfeito até que começou a aparecer muito nevoeiro e o ambiente começou a ficar um pouco terrorifico, qual filmen de terror. Estão a ver, mesmo um home de varva rija cumu eu, sozinho no meio do monte, cada gotejar já lembrava os passos do Fredy Kruger ou os snikts das garras do Wolverine. Assumo que não estava muito calmo. Faltavam lá os BikeEmTerra, ou alguns deles. Foi neste ambiente temerário que, sem mais nem para quê ouvi atrás de mim Bfffuuuuuuuu. Por brevissimos momentos ponderei a hipotese de os feijões do jantar do dia anterior estarem a ser finalmente espelidos via tubu de escape. Foi um brevissimo momento, pois mal rodei a cabeça para trás, vislumbro um grande par de cornos e uns olhos brilhantes a olhar para mim como cara de quem diz : O que é que estás a fazer aqui ?

Foi ai que percebi que o treino que tinha pensado fazer (resistencia, com baixa cadencia e muita força) estava errado. Treinei sprints. Nem dei por mim, já estava em cima da bike a pedalar como se fossem os ultimos 100 metros da etapa dos Champs Elyseé e eu estivesse na luta pela vitória da etapa.

Quando cheguei ao guiser, olhei para trás, já não via a casa de covelo tal era o nevoeiro nem o esloboi, segui então para a lameira.

Primeira lição : Quando vais sozinho para o meio do monte ou levas uma catana ou não paras para descansar.

A caminho da Lameira, o nevoeiro adensava-se. Já me lembrava da vez que fui com o Mestre Murcão e com o CuTePino. Não se viam 10 metros à frente. Por vezes o vento fazia a parte do CuTePino nessa épica viagem. Ouvia-se pelos montes

"Ainda falta muito ? Já chegamos? Tou cumóaço ! Ahhhhhhh".

E lá ia eu pela subida acima quando vislumbro duas perdizes a sair voando algures da ravina do lado direito, cheias de medo deste BikeEmTerra.

Pensei : "Se calhar há para ali ovinhos! Vinha mesmo a calhar não estivessemos nós na páscoa. Levava os ovinhos e tentava fazer criação, ajudado pela leitura do livro Origem das Espécies que o MM me deu.".

Parei para ver se as perdizes tinha ali um ninho com ovos. Era uma ravina com um declive bastante acentuado. Procurei, procurei e nada.

Nisto avisto um tufo com terra remexida e com uma coisa branca lá mesmo no meio. Pensei "Rais parta as perdizes, tinham que fazer um ninho mesmo ali, onde acho que não consigo chegar...". E tl estava eu, em posição de acrobata, agarrado à urze com a mão direita, de pernas abertas, quase deitado naquele plano inclinado, a esticar a mão esquerda para tentar chegar aquele ponto branco.

Faltavam prái 3 milimetros para lá chegar. Porque é que cortei as unhas ontem ?

Neste momento imaginei o chefe a dizer "Vai Buscuala" e então, mais um esforço, só mais um esforço e pimba, agarrei o ovo ! Quando peguei nele, achei que para ovo, estava muito frio, também esperava que fosse um pouco mais leve. Quando me apercebi, o dito ovo não passava de um gôdo ! Granda F$%# da P%$# ! Tanto esforço para isto !!!

O pior foi a seguir, ao tentar sair da posição que estava, qual atriz porno prontinha para o take O de uma cena sadomaso, escorreguei e vi a minha vida a olhar para trás. Só vos digo que não sei como me agarrei naquela pedrinha e subi para a estrada...

Segunda lição : Quando fores andar de bike sozinho, caga nos passaros. Lembra-te que eles de vez em quando cagam para ti e às vezes acertam mesmo !

Refeito do susto, toca a pedalar por ali a cima. Cheguei ao parque de merendas da lameira e, depois da primeira lição, obviamente, nem parei pois não levava uma catana !

Pensei, a subida está quase a acabar e tirando os precalços, até que correu bem. Agora é practicamente sempre a descer.

Cheguei então à pousada do marão. Pensei ir descobrir um caminho que vai dar ao que fizemos na descida da última vez.

Por um lado as pernas queriam ir, a cabeça é que não. Fiz inversão de marcha e comecei a descer pela N15, passando novamente pela pousada.

Cheguei à fonte, limpei a bike e tirei a maravilhosa foto que inicia este post.

Quando teminei, olhei para as luvas e estavam no meio de uma poça de auga ! Todas molhadinhas...

Vesti-as e mediatemente me apercebi do erro. Um frio do diabo, luvas molhadas e aquela descida para fazer. Nunca senti tanto frio nas mãos. A páginas tantas duvidava se tinha dedos ou não !

Terceira lição : Com tempo frio, não pousar as luvas numa poça de áuga. Fica frio e torna-se penoso.

Segui então pela descida da N15 a tilintar de frio. Até travava para não sofrer tanto. A meio da descida, tal era o desespero, virei para Bustelo e aproveitei para ir visitar uns tios da minha mulher. A casa deles fica no topo de uma subida. Pensei, qual Descartes, "Subo, logo aqueço" e assim fui.

Depois de ter estado com eles, fiz-me à estrada e rumei a casa, satisfeitinho com a aventura e com as três lições aprendidas.

Fiquem bem.