Bike em Terra

Bike em Terra
Topo do Marão 1420 metros (mais ou menos *)

domingo, 26 de setembro de 2010

We're back again!


E porquê, perguntam vocês com razão... Ora, porque o sábado foi uma réplica exacta do anterior, retirando os aspectos negativos do malho do Cute e do cruzamento com a D.ª Carolina.

Viram o filme 'Feitiço do tempo'? Aquela manhã lembrou-me o Bill Murray, onde ele acorda sempre à mesma hora e no mesmo dia. Exactamente, como um filme, e digo-vos, houve alturas que sentia uns arrepios na base da nuca e quase parecia que alguém, ou alguma coisa, andava por ali a filmar-nos... Impossível, claro! No meio do monte...

Escuso portanto de me repetir, os enterras e o percurso foram os mesmos, apenas passamos no sanatório para cumprimentar o Jorgex, mas ele estava no isolamento. Parece que tentou pendurar o jersey da maratona do centenário na antena sobre o telhado. Os médicos até o perdoavam se ela estivesse suja, mas ele passou o dia no sofá a jogar Arkanoid no Spectrum...

Os cumes começam às 9:30 mas os dorsais são entregues até às 9, por isso é melhor estarmos lá por volta das 8:30. A reunião fica marcada para as 8:00 GMT no local combinado.

E bons cumes a todos!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

We're back! (recuperado outra vez)

Agora é que vão ser elas, os enterras unidos de novo! A concentração em Al-Fena prometia bastante, 5 enterras sentados num muro:

-O Coutinho normalmente trás um componente novo, mas não desta vez.
-O Chefe e o Cutepino retornavam das férias, esperávamos notícias escaldantes e novidades biciclísticas. As primeiras não desiludiram, naturalmente não as posso aqui revelar, mas as segundas… Meus amigos, na testa do Chefe vinha um objecto fálico movido a pilhas mas que não funcionava, faltava-lhe qualquer coisa… Eu acho voltando ao ‘achismo’, que foi aqui que começou a relação amor-ódio dos do costume. Vocês sabem de quem eu estou a falar!!!...
-O Tu o’Six trazia a bike limpa e reluzente como um .. de bebé!
-O Morcão vinha com a habitual pose, tipo meia-lua, ele diz que é da escoliose*…

Vai daí, decidido o caminho por unanimidade pelo Cute, lá fomos monte acima em direcção a Quintarei, e a imagem era desoladora, tudo queimado, por isso na idade média a localidade era conhecida por S. Vicente de Queimadela! Parecia que tinha passado por ali o LFV, ele que gosta de ver o inferno a arder… Às páginas tantas sinto umas vibrações no solo e no ar (TUMP) olho para trás e lá estava ele, o Cute, a descansar, lembrei-me logo do Gil…

Até Sobrado foi num abrir e fechar d’olhos, não sem antes o Coutinho ter reconhecido pela voz um amigo Freerider que tinha malhado, e o Cute ter emprestado as suas ferramentas para lhe apertar o guiador**.

Começámos então a subida para Pias onde chegamos todos lado a lado… Seguiu-se o lanche, a descida e como o Morcão tinha horas a cumprir, seguimos por Couce em direcção a Valongo, ao encontro da D.ª Carolina… Aquela mulher persegue-me! Até ao Sábado?? Irra! Pena não ter havido tempo para subir ao sanatório, pois penso que o Jorgex iria gostar da nossa visita... Fica para outra vez.

O Cute e o Tu o’Six seguiram via Santa Rita e o Chefe, o Coutinho e eu fomos em direcção a Al-Fena. Sempre a 30, e o Coutinho a vociferar com o Chefe***. Acho (achismo) que quando fizeram as pazes até vai fazer faísca!

Enfim, Os Enterras are back!

* Eu acho que é trêta!
** Pareceu-me que queria apertar-lhe mais qualquer coisa mas posso estar enganado...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

E os cebolas?

...Somos nós, claro.



Malta aproxima-se a maratona dos 5 cumes em Barcelos, espero ter todos os elementos a postos! Mas o que me trás aqui é propor uma outra para o dia 17 de Outubro. Afinal vai disputar-se no nosso quintal, até ficava mal faltar!

PS: Ficam aqui os cartazes, para mais tarde não esquecer...




E fica aqui mais uma rectificação:

Bandeira da Austrália:






Nova Zelândia:




segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O enigma da camisola (continuação)

Caros enterras,

Estava aqui a reflectir sobre porque razão uma grande empresa tem por nome Pequenomole (terá a ver com os dotes do dono?), bem como outras coisas com extremo interesse quando surgiu-me uma ideia* que gostava de partilhar convosco, se tiverem uns minutos e alguma paciência:

Lembram-se da história das camisolas amarradas à cinta e que por vezes não me deixa dormir? (Pausa semibreve) Será que são amuletos e, por conseguinte, as meninas que os transportam são supersticiosas? (Pausa semínima) Estarão elas a proteger-se do chamado mau-olhado?** É possível! É bem possível…

Nestas coisas de amuletos e superstições, segundo um artigo do senhor Wiseman, há dois tipos, o negativo e o positivo que como morcão vou aqui deturpar. Assim, um exemplo do negativo é:
- Se usar um rato pendurado na bicicleta não vou ser perseguido por um cão e vou ter sempre companhia?
Ou o positivo:
- Se tocar na madeira vou evitar que me aconteça uma qualquer desgraça?

No primeiro caso já percebemos pelo nosso companheiro de sofá e adepto de cruzeiros a solo, que não resulta, ou seja, o cão continua a atacar, se calhar porque o rato ainda tenha ossos ou ainda cheire a gato (o rato).

Por falar em gato, há já algum tempo que não ouvíamos falar do La Pin, mas com esta história das superstições ocorreu-me algo… As patas de coelho são um amuleto poderoso****, e será que o chefe tentou arrancar-lhe uma, ou mais, ou ainda aquela que não devia? Naturalmente só podia dar asneira, no mínimo devia tê-lo distraído ou anestesiado…

Já no segundo posso comprovadamente dizer que não, pois ia eu bem mandado numa descida no meio do monte quando numa curva à direita toquei numa raiz. E o resultado? Um voo planado com baixa nota técnica pois a aterragem foi violenta e de costas. Ainda hoje me lembro de estar uns segundos a contemplar o céu azul por cima de mim… Daí, no meu ponto de vista, tocar madeira não seja uma forma de evitar problemas! Usem sempre capacete!

PS: Alterei as marcas!

* 100 pés nem cabeça…
** Supostamente do vosso!
**** Quando arremessadas a grande velocidade e tiverem muitas chaves penduradas ou estiverem ainda presas ao corpo…

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Artigo cujo titulo é O Cão ! O Melhor amigo do homem ! O Maior inimigo do ciclista !


Ora boas meus caros colegas !

As férias já lá vão e agora é esperar que apareçam outras.
Não publiquei este artigo antes pois entretanto surgiu o artigo Do Vale Coronado ao Alto do Farinha 2010.08.28.
Achei melhor dar-lhe um espaço pois o feito do Murcão e do Chefe é quase sobre-humano, é de apreciar e de congratular. Isto que vos tenho a contar é precisamente o inverso.

Penso que estavam ansiosos por notícias do Marão e das minhas férias por lá passadas e por isso mesmo escrevo este artigo. Não vos vou dizer ou melhor maçar, com pormenores relacionados com a quilometragem feita, nem com as médias atingidas, nem por onde andei. Não. Desta vez não. Para o caso serve apenas dizer que desfrutei da sorte que penso ter em poder ir de férias para os lados do Marão.

Eu, TuOuSix, quando faço planos para as férias, normalmente são muito ambiciosos e depois ficam gorados. Desta vez não foi isso que aconteceu, ou seja, os planos foram mais ou menos cumpridos, certamente devido ao aproximar dessa mítica maratona que se chama 5 Cumes.
Acreditem ou não, quero lá saber, mas no primeiro dia na aldeia acordei às 6:15 para ir andar de bike. Nos restantes dias a hora de acordar foi sendo cada vez mais tardia mas nunca antes das 8.
Eu vi coelhos (não la pins), os primeiros frutos de castanheiro no chão (e desviei-me obviamente), cobras, moscas que picam as costas, enfim parecia um jardim zoológico. Até ¾ de raposa vi.
E houveram mais animais que vi nomeadamente cabras, bodes e cães ! Ainda não vou falar de cães. As eslovacas deveriam estar de férias pois nem num fugaz relance lhes pude por a vista em cima.

Vem já dos antípodas (dos primórdios) a expressão “O Cão é o melhor amigo do homem”. E esta expressão está instituída.
Eu já tive cães e não corroboro esta expressão.
Porquê?
Porque sempre que chegava a casa tinha que fazer a limpeza de detritos que os meus cães se divertiam a largar nas passadeiras lá de casa dos meus pais. Ou isso ou então a pegar na espanadora para limpar líquidos entretanto deixados ao acaso qual fonte pela parede abaixo qual lagoa das sete cidades (não era nem verde nem azul mas foi a única lagoa que me lembrou).
N.A.: Era um cão e uma cadela.

Voltando à expressão que eu discordo “O Cão é o melhor amigo do homem” mas que até é irrelevante para o caso, faço a ponte para “O maior inimigo do ciclista”.
Lembro-me de uma volta ao Algarve onde o grande Joaquim Agostinho faleceu após ter atropelado um cão e ter caído de cabeça (na altura não se usavam capacetes).
Lembro-me de o Murcão ter um dia contado que para fazer 500m teve que ir dar uma volta de 5Km para evitar um cão.
Lembro-me também de uma volta com o Murcão e o Mister Ci onde se não fosse a nossa capacidade e potência de sprinter o cão branco afiambrava um de nós, nu minimu.
Como é que o cão pode ser o melhor amigo do homem ?
E agora eu pergunto : Os cães são burros ? Obviamente que não porque senão chamava-mos aos burros outra coisa qualquer e aos cães chamava-mos de burros.
É de um modo geral reconhecida a inteligência deste animal e sua afeição ao ser humano.
Facto : Os cães não são burros.
Então porque é que não são capazes de reconhecer um ser humano quando este viaja alegremente e despreocupadamente pelo monte montado num bicicleta, sozinho sem fazer mal a ninguém ?
E foi isso que aconteceu, eu viajava alegremente e despreocupadamente pela subida ao Marão quando, antes de chegar a Covelo do Monte avisto um rebanho de cabras. Pensei, feito anjinho, em abrandar para não incomodar suas excelências. Afinal de contas eu era um invasor e deveria respeitar os seres endémicos da zona. E foi o que fiz.
Em relance, vislumbro um cão branco pequeno, tipo porta-chaves, a fugir para cima em direcção a Covelo do Monte. Pensei:
“Vá lá ! O cão assustou-se e vai-se pirar. Ao menos assim não corro o risco de me chatear com ele!”
E dei mais duas ou três pedaladas, sempre calmas para não assustar o gado caprino.
Eis senão quando, vindo do nada, um pastor alemão salta do seu pouso de guarda a cerca de 10 metros de mim (e eu não o tinha visto) e vem vociferando em minha direcção.
Eu, ali sozinho, de licra, a sentir a adrenalina a invadir o meu corpo em arrepios.
Descobri nesse preciso momento outra capacidade da Canyon : Protectora de cães.
O cão estava mesmo numa de me assustar pois temia pelo rebanho que tomava conta. Eu só lhe gritava num tom mais alto que o seu latido :

- Que é que queres pá ? Não quero nada com as tuas cabras pá ! Deixa-me ir à minha vida.

E o cão fitava-me e mostrava a sua afiada dentadura.
Estivemos nisto uma eternidade, fitando-nos olhos nos olhos a ver quem era o mais forte. Nestas alturas, vêm ao de cima os nossos instintos primários de sobrevivência. Ele tentava contornar a Canyon pela esquerda e eu seguia-o. Tentava pela direita e eu seguia-o. Puro acto de cobardia (ou não). Coragem era pousar a Canyon para o lado e dizer :

- Qué que queres meu fdp ?!?!?
E espetar-lhe com tal biqueirada circular naquele focinho que os cleats lhe arranhassem a garganta.
E coragem ? Pois sim! Não tinha. Só garganta.
Tentei então uma abordagem mais diplomata (cobarde isso sim) que foi aguardar por algo que me fizesse sair daquela situação.
Entretanto o cão tinha desistido de me tentar tornear e tinha ido para perto das cabras que estavam na estrada, precisamente por onde eu tinha que passar e onde não havia qualquer forma de contornar.
Pensei: “Vou indo devagar a ver se funciona”
Dei então um passo. Como que automaticamente, o cão vira-se e volta a correr desalmadamente ao meu encontro. E volta outra vez a mesma cena. Berros, a dança da rodinha, tu vai por um lado eu fujo por outro, enfim, um tormento. Isto aconteceu mais duas vezes.
Eu olhava para a serra a ver se encontrava o pastor (que normalmente anda a pastar as cabras, obviamente) e nada. Eu, se calhar, se fosse pastor, estaria atrás de um rochedo a apreciar a cena chorando de tanto rir, mas pronto.
Finalmente e porque na estrada não há pasto, as cabras decidiram começar a subir o monte saindo assim do meu caminho. O burro do cão seguiu-as.
Respirei fundo, esperei que subissem um pouco mais para ter uma distância segura, monto a Canyon e ala meleiro que se faz tarde. Siga pa bingo. Desta já me safei.
E segui nesse dia até ao alto de espinho (com o rabinho entre as pernas) sempre atento a qualquer movimento que pudesse ser de um cão. Acreditem que a partir deste acontecimento, quando ando na Canyon, o pneu de trás faz um barulho tipo cão a rosnar. Imaginem a minha aflição.
Não me vou alongar com mais considerações que me passam pela cabeça actualmente só vos deixo a minha consideração mais soft.
Estou a pensar artilhar as minhas sapatilhas com dois espetos de carbono (que libertem xanax) nas biqueiras e duas esporas tipo cáubói também de carbono com pontas laminadas gillete que é para o caso deles aparecerem de surpresa por trás não terem a mínima hipótese de me ferrarem e saírem a rir.
Cá vos espero, meus cães burros.

Duas coisas tenho a dizer :
1. O cão PODE ser o melhor amigo de ALGUNS homens, meu não !
2. O cão é de facto o maior inimigo dos ciclistas !

Mensagem para este cão burro pastor alemão : Ó meu grande cão ! Para a próxima vez, eu vou com os meus amigos ai e vamos-te partir esses dentes todos ! TOOOODDDDDDOOOOOOOOOSSSSSSSSSS !
E depois o chefe vai-te dizer ao ouvido Vai Buscua-los Cão, Boi!