De regresso às terras do Marão, onde habitualmente alimentámos o espírito e desgastámos o corpo, na primeira oportunidade que a meteorologia nos deu, chegámos cedo a Sanche. Com as máquinas prontas, umas novas, outras velhas e outras nem por isso, zarpámos em direcção ao alto de espinho, a mais ou menos 1020 metros de altitude. Éramos 10, (contando com o Chefe, que vale por 2). Este trouxe um primo e um amigo do primo e, desta vez, ninguém precisou de ser empurrado ou puxado. Que saudades do David!
O passeio organizado pelo Chefe e orientado por outros enterras (na falta dos GPS's do MC) correu muito bem, começamos pela subida pelo picôto para a casa dos caçadores onde, mais uma vez, o Chefe não chegou primeiro, apesar de tentar, mas bateu palmas aos demais. Daí até à Lameira há um troço particularmente bonito, com cascatas e furos, e encostas íngremes e furos. Estou certo que estas já foram pintadas pelo Miguel num dos seus textos! É das zonas que mais apreciámos.

Reabastecemos os cantis no local do costume, para não quebrar a tradição, descemos à pousada e subimos para a Lameira. Do parque de merendas até ao malho do Chefe foi um instante! Ele parecia uma bala a passar por mim em direcção à casa dos caçadores… “Óh Chefe, não é por aí!” – avisei-o, para ele não se perder, em vão. TUMP! Com estrondo abanou o chão e acho (achismo) que o sismo de hoje no golfo pérsico foi repercussão deste abalo. Acredito no efeito borboleta, tal como nos buracos minhoca e que a Troika nos está ajudar de forma interessada…
A descida por monte foi uma variante impecável, feita sempre de gás com a suspensão bloqueada e com terreno mais ou menos regular até à recolha de pixeis junto à cascata e dali a Sanche foi um pulo! 5 estrelas ou mais.
Acabámos nas terras que acolheram São Gonçalo como os gauleses, em bancos de madeira numa tasca, a comer coisas esquisitas que dão cabo das válvulas e não só, mas também... A repetir certamente!

O Chefe a fazer gelo...
Onde o Chefe malhou...