Só fiquei triste por este ano não passar pelo Facho :( ...Tinhamos encontro marcado... Se calhar, depois da maratona feita, vou subir-le-o. (Olha o murcão : Tás Tolo)
Pessoal, é uma boa maratona. Se quiserem saber, estou inscrito para os 80Km sem almoço.
Já que estão a acabar as férias vou dedicar algum tempo a descrever o que vi do Tour em Rodez. Antes de mais parabéns ao Contador, ao Schleck, ao Sérgio e ao Lance. Todos saíram vencedores destas 3 semanas, no meu entender.
A 13.ª etapa partia de Rodez e terminava em Revel e era, basicamente, uma etapa de transição, dos Alpes para os Pirinéus.
Saí de casa do meu cunhado às 8 em ponto, com o meu sobrinho. As festividades já tinham começado com o pequeno-almoço de tripoux* , oferecido pela câmara, que gastou 200.000€ para ser uma ‘Ville départ’ do Tour. Já que falo em euros, cada carro da caravana publicitária pagou 40.000€ para participar, e eles eram muitos. A caravana, que este ano comemorava 80 anos, é em si um espectáculo também, tem 20 kms de extensão e demora 45’ a passar. E foi aqui, olhando o relógio, que percebi porque os portugueses vão estar sempre atrasados**...
Tratei das encomendas da malta, dei uma volta ao parque da caravana e fui guardar as camisolas. A partir das 10:30 começaram a chegar as camionetas das equipas e os respectivos carros de apoio, 3 por equipa com as bicicletas sobresselentes no tejadilho. Nós estávamos junto à entrada a tirar fotos a tudo quanto mexia. As bicicletas dos corredores saem do autocarro também. Por volta das 11:30 saiu-nos a sorte grande, um membro da organização ofereceu ao meu sobrinho e a mim um livre-trânsito para o parque. Que espectáculo! E fomos direitinhos à zona da Radio Shack, vimos vários corredores, o Kloden, Leipheimer, Brajkovic, Horner e o Sérgio Paulinho. Dei-lhe os parabéns pela vitória, e ele agradeceu, surpreendido por alguém lhe falar em português… Como não aparecia o Boss fomos passear pelas áreas das outras equipas. Tivemos em quase todas e conseguimos estar ao pé do Vinoukorov e vários outros da Astana, mas não os conhecia. O meu sobrinho escolheu a bicicleta que queria para os anos e tirou uma foto com o Chavanel. Depois voltamos para junto do autocarro do Lance, já só restava uma bicicleta encostada, ainda por cima com o número 21, por isso ainda não tinha saído. Já faltava pouco para a partida fictícia e eis que ele desce. Tal qual como o vemos na TV, falou uns segundos para uma jornalista americana, deu uns autógrafos e lá foi.
E foi assim, inesquecível!
* Como não têm consistência não comi. ** Uma hora...
Trago-vos notícias de terras gaulesas que visitei com a família e que certamente não esquecerei. Quando há uns meses planeei o percurso, assim que soube que um local da partida seria Rodez, pensei em passar uns dias nos Pirinéus e depois seguiria para a casa do meu cunhado, mas estava longe de imaginar o que são aqueles montes e a dimensão do Tour.
A localização do acampamento zero foi Argelès-Gazost, pela proximidade dos grandes cumes, porque é habitual o Tour passar por lá e porque dali é sempre a subir. O primeiro foi o Hautacam que, como os outros, previ antecipadamente com a ajuda do site climbbybike, com 1635 metros de altitude, 6,8% de média, acumulado 1170 e dista 17.3 de Argelès. Podem ver no vídeo uma subida do boss, muito* parecida com a minha.
No dia seguinte era a vez do mítico Tourmalet, que neste ano iria ser escalado pelo Tour por duas vezes, uma pelo lado de La mongie e outra pelo de Luz Saint Sauveur. Escolhi naturalmente esta última porque permitia um aquecimento prévio de 25 km a partir do hotel**, necessário para tão grande subida. São 19 kms com uma média de 7,4, 2115 metros de altitude e um acumulado de 1404. Demorei 2 horas desde Luz St Sauveur para conseguir chegar lá e comprar um gelado e uma cola. Só tenho a dizer uma coisa parafraseando o Coutinho: - Brutal! É imenso! E dinheiro bem empregue pois a cola soube-me pela vida!
Passaram por mim imensos ciclistas, quer num sentido quer noutro, e os que subiam na grande maioria diziam ‘Bon Jour’ ou ‘C’est dur!...’. Uma ciclista à saída de Barèges subia com um bebé num atrelado, as caravanas já ocupavam as áreas melhores, era 5.ª feira e o Tour só passava ali na 3.ª feira da outra semana… e também na 5.ª…
Para terminar o col d’Aubisque, 1710 metros, via col du Soulor, uma subida que não sendo difícil no seu todo, acaba por ser de HC pela dificuldade que o col du Soulour representa. No fundo são dois cumes separados por 7 kms e entre eles existem zonas muito perigosas, e dois túneis, um deles onde não se vê, por uns segundos, um metro à frente do nariz!
Já estou com saudades!
A crónica do Tour fica para depois!
* Pouco ** Para perceberem como se respira naquela zona o ciclismo, o hotel onde fiquei que era absolutamente normal, tinha garagem não para carros mas para bicicletas, onde encostei a minha a uma dezena de outras que lá estavam….
Depois da etapa rainha no Alpes, chegou a etapa que ligava Chambéry a Gap onde no final da mesma se corria numa descida famosa pelo corta-mato feito pelo Lance Armstrong para fugir ao embate certo com Beloqui à uns anos atrás.
O nosso tuga esteve toda a etapa num grupo de fugitivos e acabou por, no final, demonstrar uma frieza tactica superior ao seu ultimo companheiro de fuga Vasyl Kiryienka ganhando a etapa por meia roda de diferença. Ainda assim foi taco-a-taco.
De lembrar que a ultima vitória numa etapa do Tour conseguida por um portugues foi no loginquo ano de mil-nove-oitenta-e-nove por Acácio da Silva.
Por tudo isto e o que falta dizer, os nossos parabéns a este Homem pelo feito de ontem. Encheu-nos de orgulho Sérgio !
Como podem observar, tenho pouco sono... também ninguém me pode censurar depois dos resultados de hoje!!!... Estou ainda a digerir a derrota do Brasil e umas bifanas... e uns cajus...
Adiante…, o que pretendo é abrir um registo neste semanário sobre a próxima aventura dos enterras, a maratona do Vouga, ainda é sexta-feira e já está tudo em alvoroço!
- O Cutepino foi treinar hoje a Setúbal com o Éle Éme, penso que para os lados da serra da Arrábida*, estão com’ó aço! - O Tu o'Six ou se cala ou s'enTalas, pois a tentativa de tornar a suspensão numa lefty não resultou lá muito bem... - O Chefe ligou-me hoje, 'táva no La Pin, pelos vistos distraído, disse que alguma coisa 'táva a custar entrar**... - A do Coutinho já não se vedava... - E finalmente, o Morcão mandou mudar umas coisitas na M e, obviamente, lavá-la para que o Tu o'Six não fique chateado com as condições...
Agora, o que queria mesmo registar era o seguinte:
- Local de reunião: BP de Alfena - Dia: 4 de Julho de 2010 - Hora: 7:15 - 7:30 - Objectivo: Pequeno-almoço - Tolerância: Zero - N.º de dorsal: Tatuar cada um o seu em qualquer parte do corpo****.
* Se seguiu o GPS como eu, passou 3 vezes junto ao porto... ** Como sabem, eu não minto, foi o que disse! **** Normalmente visível, 'tá bem?